Darker than ever

| sexta-feira, 9 de janeiro de 2009 | |
Esse post estava salvo aqui como rascunho desde 03/01. Aí, dando uma olhada nele hoje, vi que está fazendo mais sentido conforme os dias vão passando, conforme velhas amarguras se remexem e chutam, conforme alguns esqueletos vão caindo do armário. Eu posso lidar com tudo isso, mas do meu jeito, e sei que muita gente não vai entender, e muita gente vai julgar mal esse jeito. Paciência...

Em 03.01.2009:
Alta madrugada, sem sono, ouvindo música. De repente uma série de pensamentos, acontecimentos antigos, recentes, mostrando um certo padrão. E do nada, ocorre a frase: Darker than ever. Assim mesmo, pensamento sem tradução. Não estou falando de depressão, nem sequer de tristeza. Nem vou ter um surto EMO agora, puxar uma franja e ouvir Simple Plan.

Darker than ever. Rolou uma identificação instantânea. Uma pequena e inofensiva sombra de mágoa, pelas coisas que não dão certo, pelas chances que eu não tenho, pelas batalhas que eu não luto. E aí somam-se todas aquelas vezes que me ignoram, aquela sensação de só ser lembrada quando tenho utilidade, de ser uma boa amiga-parafuso - só lembram na hora do aperto.

E a sombra cresceu, acabou por me engolir. Sem chiliques, sem ceninhas. Na verdade, eu me sinto melhor agora que compreendo isso. As coisas vão mudar muito, e o processo já começou.

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