Primeira tatuagem

| quarta-feira, 30 de julho de 2008 | 4 sussurros do além |
Dias corridos ultimamente, muita coisa de menor interesse tomando meu tempo. Mas pelo menos uma coisa boa, e muito boa: finalmente fiz a minha tatuagem. Depois de muito tempo de indecisão, escolhendo desenhos, mudando de opinião, ouvindo opiniões, e começando tudo de novo, eu consegui escolher o desenho que me agradou em todos os sentidos.
Olha aí o meu pezinho tatuado:
Se eu disser que não doeu nada, é mentira. Por outro lado, não é nada tão absurdo como já vi algumas pessoas falando. Acho que só se assusta quem vai fazer tatuagem achando que vai sentir umas pontadinhas e pronto.
Ah sim, não posso deixar de elogiar o trabalho perfeito do Finott. Aproveitem e vejma mais trabalhos lindos no flog dele.

E para finalizar, um dos testes da Lomyne, que eu fui fazer também...

Sobre não ser unânime, pelo menos, o resultado está totalmente certo... rs.

Eu Nunca Te Amei Idiota

| terça-feira, 22 de julho de 2008 | 7 sussurros do além |
Hoje, uma indicação da Jez. Adorei a letra, e até dedicaria a um certo ser que me persegue, mas o imprestável não lê meu blog. Mas para quem lê, divirtam-se com a musiquinha...


Eu Nunca Te Amei Idiota
Ana Carolina

Composição: (Alvin L.)

As coisas mudam
E eu espero
Que nada aconteça
Mas sempre acontece
Toda vez
Que eu perco a cabeça...

Eu digo frases que parecem
Ter saído de uma novela
E de repente lá se vai a TV
He!
Pela janela...

Eu nunca te amei idiota
Eu nunca te amei
Lá Rárárárá
Eu nunca te amei idiota
Eu nunca te amei
Lá Rárárárá...

Cinzeiros voando
Livros rasgados
Discos quebrados no chão
Desta vez é pra sempre
Até!
Alguém implorar por perdão...

Eu escondi seu retrato
Embaixo do meu travesseiro
He!
Vá embora, quebre a cara
Eu queimei seu dinheiro...

Eu nunca te amei idiota
Eu nunca te amei
Lá Rárárárá
Eu nunca te amei idiota
Eu nunca te amei
Lá Rárárárá...

As coisas mudam
E eu espero
Que nada aconteça
Mas sempre acontece
Toda vez
Que eu perco a cabeça...

Eu digo frases que parecem
Ter saído de uma novela
E de repente lá se vai a TV
He!
Pela janela...

Eu nunca te amei idiota
Eu nunca te amei
Lá Rárárárá
Eu nunca te amei idiota
Eu nunca te amei
Eu nunca te amei
Eu nunca te amei idiota...

Eu nunca te amei...
Nunca te amei!...
Nunca!
Nunca te amei
Heee! Só você que pensa
Eu nunca te amei idiota
Nunca te amei!...

Final de semana memorável

| segunda-feira, 21 de julho de 2008 | 2 sussurros do além |
Eu ia fazer um post mais elaborado hoje, mas acho que vamos ficar mesmo no estilo diarinho, porque estou cheia de coisas para fazer...

Como diz o título, o final de semana foi ótimo. Começou na quinta-feira, com uma sessão de sobe-ego-no-salão-de-beleza. A única reclamação foi a trilha sonora, que além de tocar muita música que não gosto, contou com um dueto de Alexandre Pires e Daniel. Eu queria chamar o Human Rights Watch e denunciar esse abuso. Mas enfim, fiz luzes em vermelho-fogo, deu um efeito lindo com o vermelho escuro do meu cabelo. Saí de lá me sentindo totalmente poderosa.

Sexta-feira foi uma correria, parecendo aqueles filmes onde alguém tem algo importante a fazer e tudo no caminho dá errado. Tudo o que tinha hora certa atrasou, tudo o que podia faltar, faltou mesmo. Saímos de casa em cima da hora porque o vidro do carro travou abaixado e precisamos ir com o carro do meu pai; logo que chegamos em São Paulo pegamos um engarrafamento gigantesco, chegamos ao teatro tão em cima da hora que assim que achamos nossos lugares, começou a passar o aviso para desligar celulares... Mas a peça compensou o dia todo, Os Melhores do Mundo são simplesmente incríveis, e a peça Hermanoteu na Terra de Godah foi maravilhoso, fazia tempo que eu não ria tanto. Eu sou grande fã dos MM, e não esperava menos, sempre amo as apresentações. Aliás, a temporada de São Paulo acaba no próximo final de semana, então corram e reservem seus ingressos, vocês não vão se arrepender. Eu saí de lá até mais leve, é uma sensação deliciosa.

Sábado foi dia de visitar minha amiga, paparicar o baby dela, e papear muito. Ela está animada planejando o primeiro aniversário do Guilherme, e eu fui dar uma força. O Gui está uma graça, com seu sorrisão de três dentinhos...

E domingo, foi dia de ficar sem fazer nada, afinal eu também mereço um tempo de pernas pro ar com um bom livro...

E por enquanto é só isso, gente. Agora estou atolada em scripts e php, tentando colocar meu site em ordem. Até nosso próximo capítulo!

The book is on the table.

| quarta-feira, 16 de julho de 2008 | 2 sussurros do além |
Eu recebo montes de links com piadinhas, vídeos, e todo tipo de besteirol online que vocês possam imaginar. Tenho que admitir, algumas dessas coisas são mesmo de uma criatividade incrível. Então, vou começar a dividir com vocês essa maravilhosa carga de cultura inútil virtual. Eu fiz uma seleção de animações em flash, mas todas em inglês. Façam uma forcinha e não reclamem =P

Primeiro, se você ainda não conhece o Albino Blacksheep, um site ótimo com todo tipo de animações, vídeos e humor de sobra. Se você é um desocupado online, vai passar horas de muito riso nesse site.

- I'm a Cow: o melô da vaquinha é muito engraçado, e a música fica na cabeça da gente.
- Dear Penis: musiquinha country de um homem para seu melhor amigo... rs.
- The Ultimate Showdown of Ultimate Destiny: sugiro que vocês assistam essa batalha épica mais de uma vez, para poder ver todos os heróis e vilões que aparecem durante a animação.
- Ddautta: eu menti, esta animação não é em inglês. Mas basta ver o desenho e se deixar levar pela trilha sonora (que eu adorei).
- Badger Badger Badger: com uma letra pra lá de simples, um looping sem fim e uma música que gruda, nasce um hit da internet... Aliás, recomendo que visitem o site do criador dessa pérola.
- Happy Tree Friends: eles são pequenas e fofas criaturinhas da floresta, adoráveis e alegres... e sempre se dão muito mal. Escolham um episódio e divirtam-se.

Por hoje é só, pessoal. Aguardem a próxima sessão cyber-falta-do-que-fazer.

Let's rock!

| domingo, 13 de julho de 2008 | 4 sussurros do além |
Eu não poadia deixar passar em branco o Dia Mundial do Rock, né? A data foi escolhida por causa do Live Aid em 13 de julho de 1985, um megaconcerto realizado por Bob Geldof do Boomtown Rats, que ocorreu nos Estados Unidos e na Inglaterra, com renda voltada ao combate à fome na Etiópia.

E se você não se lembra ou não conhecia o evento em si, certamente conhece a música tema We Are The world, que contou com a participação de quase todos os artistas envolvidos no Live Aid. E daí que a música não é 100% rock'n'roll? O rock está acima desses pequenos detalhes, oras.

Então, um brinde ao bom o velho rock'n'roll, todas as suas vertentes que já existem e as que ainda vão aparecer!

A pequena cozinha dos horrores

| sexta-feira, 11 de julho de 2008 | 4 sussurros do além |
Você na cozinha, já se arrependendo de ter concordado em fazer bolinhos de bacalhau porque, agora que sua mãe está de cama, você não só cozinha, mas também tem que limpar a própria bagunça. Um ser palpiteiro fica te rondando o tempo todo, sugerindo que você faça mais de tal jeito, que você coloque menos tal coisa. Até que você não se agüenta e manda:
– Da última vez que eu fiz esses bolinhos, ficou bom?
Pausa. Você sabe que a resposta é sim, porque aquela mesma pessoa sempre se derrete em elogios aos tais bolinhos.
– Ficaram...
– Então pode deixar que vou fazer igualzinho.
Para não criar clima, você lança um sorriso que cordialmente diz "a próxima exibição dos meus dentes vai ser no seu pescoço". Recebe em resposta um sorriso "já entendi", e a pessoa finalmente sai da cozinha. Por enquanto.

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Só para esclarecer, a cozinha parece ter se tornado a área de "dê um palpite e seja feliz". Sempre que você começa a cozinhar, surge o ser palpiteiro e começa a te cercar. A cozinha já não é muito grande, e a cada movimento você tem que desviar do seu assistente não requisitado. Sem contar que toda vez você deixa o recinto, todas as panelas são devidamente destampadas e seus conteúdos fiscalizados.
Num dia como outro qualquer, você está lá cozinhando e driblando o público, quando seu público acha que você não está notando e fica realmente em cima de você, quase com o nariz dentro da panela. Outra vez, você não se segura:
– Quer pular aí dentro? – em tom de brincadeira, e com um sorriso de tubarão.
Ainda bem que o público tem levado essas indiretas na brincadeira...

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A cozinha não é o único lugar em que as coisas acontecem, mas ultimamente é onde passo mais tempo, e onde minha paciência parece encurtar-se mais fácil.
Almoço de um dia qualquer, nada de especial. Você já está de saco cheio da nova mania do ser que encanta sua vida culinária: perguntar quantidade de tudo. Se você pergunta se ele também vai querer bife, ele quer saber o tamanho do bife; se você diz que vai fazer arroz e feijão e pergunta se ele também quer, ele pergunta quanto você vai fazer. Por que eu pergunto tudo isso antes de cozinhar? Porque o público aqui é VIP, se eu simplesmente fizer o almoço e alguém não quiser o que eu fiz, a pessoa faz sanduíche, chama alguma coisa por telefone, enfim, come outra coisa e não come o que eu fiz. Eu passei a perguntar antes pra não ficar jogando montes de comida fora depois.
Numa dessas ocasiões, o ser encantador diz que além do que você já ofereceu, ele também vai querer ovos fritos.
– Quantos ovos você vai querer?
– Hum... de que tamanho é o ovo?
– Do tamanho de um ovo aproximadamente.
Dessa vez você responde em tom normal, sem aquela cara cordial de "é brincadeirinha", mas ainda sem agressividade, apesar da sua vontade de rasgar o verbo. A pessoa percebe o ridículo da situação e sorri como se tudo fosse uma piada e diz quanto vai querer.

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Como ninguém senta-se à mesa para comer (a mania é pegar seu prato e dirigir-se para a TV mais próxima), você passa chamando todo mundo quando a comida está pronta. A única pessoa a que você serve é a sua mãe, porque você está paparicando a doentinha. E mesmo nessas condições, isso gera ciúmes paternos. E para mostrar que é independente, o dito cujo fica naquele monitoramento constante do que você faz na cozinha, e do nada vem se servir antes que você chame todo mundo.
– Ih, olha, o feijão está muito sem sal...
– Eu sei. Por isso eu chamo todo mundo só quando a comida está pronta.

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Algumas vezes você fez pão-de-queijo em casa. Não daqueles congelados, nem com misturas prontas, mas a receita tradicional mesmo. Deu trabalho, mas você gostou de fazer, e só não fez mais porque notou que todo mundo come só a primeira fornada e o resto da massa fica estragando na geladeira.
No que você supõe ser uma crise de ócio, o palpiteiro de plantão surge com a idéia de "fazermos" pão-de-queijo. Como se você não fosse fazer tudo, desde ralar o queijo até colocar a assadeira no forno. Quando as indiretas ficam muito diretas, você fala logo que não vale a pena, dá muito trabalho e depois a maior parte da receita é desperdiçada.
Não aceitando a derrota, o ser em questão compra pão-de-queijo congelado, e vai assar ele mesmo. Depois de uma dica sua, ele faz o favor de ler as instruções na embalagem antes de começar a aventura.
– Tem certeza que vai colocar o forno no máximo?
– Sim, na embalagem diz que é pra assar na temperatura máxima.
– Pai, as instruções são pra fogão convencional, o nosso é industrial, esse forno é muito forte.
Ele não te ouve, você não insiste. Papai sabe tudo. E come os pães-de-queijo um pouco dourados demais por fora e um pouco cozidos de menos por dentro.

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Cada vez mais eu acho que a Terceira Guerra Mundial vai começar numa cozinha. E vai estourar por algum motivo de importância vital, como a sua recusa em seguir os palpites culinários de quem só sabe fazer miojo...

A Dama Cinza

| terça-feira, 1 de julho de 2008 | 2 sussurros do além |
Esse é meio recente para ser considerado um revival, mas ainda se encaixa muito bem no momento, e tem uma seqüência a caminho. Então, para ter a história inteira no blog novo, vou postar a primeira parte de novo, agora com título certinho.

A Dama Cinza
Parte 01: Primeiras Convidadas

Ela vestiu o velho vestido cinza mais uma vez, e não havia nada que pudesse ser feito a respeito. O pano puído assentava-lhe confortavelmente no corpo, e apesar da aparência tão gasta, ela sabia que o vestido estaria sempre ali. "Essas coisas duram para sempre", pensou, olhando-se no espelho sem interesse. Suspirou e saiu do quarto, passos lentos de quem não está indo a lugar algum.

Atravessando o corredor, ouviu passos leves e furtivos, acompanhando-a. Não era uma surpresa. Passou por mais dois cômodos até chegar ao hall da frente, e por todo o caminho outros passos juntaram-se aos seus. "Curiosos e oportunistas", pensou consigo mesma. Saiu para a varanda, sentiu a brisa noturna acariciar-lhe os cabelos. Sentou-se nos degraus e esperou.

A primeira figura que se aproximou veio pelo jardim, andando meio encurvada, os olhos carregados de dor, o rosto contorcido pelo sofrimento. Estendeu as mãos para a mulher na escada, que não se moveu.

- Me abrace - disse a figura com voz suplicante.

- Se eu lhe estender a mão, você vai me morder. De novo.

A figura aproximou-se assim mesmo, e sussurrou-lhe muitas coisas ao ouvido. Falou de todas as velhas feridas, mas nada disso abalou a mulher. Eram velhas feridas que talvez nunca cicatrizassem, porém elas já não sangravam mais. Vendo que a mulher não vacilava, a Agonia afastou-se, arrastando-se pelo jardim. Deixava sua sombra pairando sobre a mulher. Talvez para sempre.

Em seguida, uma velha aproximou-se silenciosamente pelas suas costas. "Sempre sorrateira", pensou a mulher na escada, sem se mover.

- Você não é mais tão jovem, não é mais aquela adolescente que podia ficar esperando por dias melhores. - disse a velha.

- Não, não sou.

- E o que você tem? Um arremedo de vida. Migalhas de afeto, nos melhores dias. Relacionamentos de muita cortesia e pouca sinceridade...

- Eu tenho isso. - interrompeu a mulher.

A velha calou-se por um momento, olhando ao redor. Havia ali apenas campo aberto até onde os olhos podiam alcançar. Como não havia nada ali que pudesse ser visto, a velha lançou um olhar interrogativo para a mulher na escada, que respondeu calmamente:

- Tenho esse imenso vazio, essa colossal solidão que me cerca, esse isolamento infinito. Foi isso o que construí por toda minha vida. Eu sei disso tão bem quanto você, e sei de todas as minhas dores e desamores. Você pode ficar remoendo essas coisas o quanto quiser, mas não precisa me falar delas, porque eu nunca as esqueço.

Diante da calma com que essas palavras foram ditas, a velha recolheu-se. Não foi embora, apenas afastou-se um pouco, e ficou olhando, resmungando baixo desventuras de toda a vida. A Tristeza não a deixaria tão fácil, era uma velha muito esperta e insistente.

Sentada na escada, a mulher olhava para a noite vazia. Um pequeno enfeite desprendeu-se da barra do seu vestido e rolou pelos degraus, desaparecendo na grama. A mulher passou a mão no tecido onde o enfeite estivera preso, sem dar muita importância. Era apenas mais uma pequena desilusão, apenas mais um pequeno pedaço de beleza que ela perdia.

A mulher sentada na escada permaneceu em silêncio, imóvel. Estava imaginando como uma história assim poderia acabar...