Primeiro, quero agradecer todo mundo que me deu e continua dando uma força nesses tempos incertos. Aos que comentaram, aos que foram falar comigo por e-mail, orkut, msn, sinal de fumaça, enfim, cada palavrinha fez diferença. E não se preocupem, eu sei que nessas horas não tem muito o que a gente possa falar, mas o simples fato de alguém demonstrar que se importa é o suficiente.
Eu não sei bem o que escrever aqui, porque não quero que isso vire um diário de lamentações. Tem sido sim muito difícil, os dias passam e parece que a minha cabeça não assimila as coisas. Na primeira semana, acordei duas vezes com a impressão de ouvir minha mãe me chamando. Agora, passado quase um mês, ainda acordo sobressaltada de vez em quando, como se ela estivesse precisando de mim (isso acontecia muito quando ela estava em casa, porque precisava de ajuda para se levantar e andar, e sempre eu acordava no susto pensando "será que ela me chamou e eu não ouvi?").
Por outro lado, sei que é uma questão de tempo, de ir assimilando tudo, e aprendendo a conviver com o que não se pode mudar. Continuo acreditando firmemente que minha mãe continua sua existência em outro lugar, com toa a paz e alegria que ela merece. A saudade ainda ferra com tudo e eu sempre acabo chorando quando penso na falta que sempre vou sentir dela, mas isso não vai me fazer deixar de lembrar, deixar de pensar ou de falar sobre ela. Porque não quero esquecer minha mãe, não vou esquecer da grande amiga que ela sempre foi, do seu amor e carinho, do anjo que ela foi na minha vida. E continua sendo.
As pessoas sempre me perguntam como estou, como estão as coisas aqui em casa. Eu realmente não sei, sempre digo "está tudo indo, tudo bem dentro do possível". Há bons momentos, há momentos ruins, e na maior parte, há os momentos absolutamente neutros. Acho que como me sinto pode ser resumido em "cansada". Eu durmo umas 6 ou 8 horas por dia, mas é uma porcaria de sono leve e agitado, não consecutivo. Se eu conseguir dividir meu sono em só duas prestações, já é uma conquista. Uns sonhos bestas e sem sentido na maioria das vezes. E uns pesadelos ocasionais. Mas não daqueles legais, que eu curtia porque rendiam até uns contos bons. Esses são mais perturbadores e inúteis para a minha produção literária.
Mas o meu mundo não está desabando, e eu sou muito velha para ser emo e ficar me arrastando pelos cantos escuros. Estou escrevendo de novo, já tenho mais uns dois capítulos do conto A Dama Cinza, que comecei aqui, e mais uns dois ou três textos em produção para concursos em blogs e listas de discussão (a Lomyne vai ficar feliz comigo depois dessa), uns projetos que quero desenvolver neste blog, umas novidades que preciso colocar com urgência no meu negligenciado site de fã (sabe, aquele site), planos pra um trabalho freela enquanto não arranjo nada fixo. Bom, notaram que planos não faltam, né?
E antes que eu me esqueça, eu não sei bem o que faço lá, mas eu estou no Twitter: /marcia_engel - Sigam-me os maus!
3 sussurros do além:
26 de agosto de 2009 às 08:23
Espero que melhore pra vc.
27 de agosto de 2009 às 00:37
Muito bom poder ler um post novamente, estou ancioso para mais, esse blog é um horror e aterroriza todo e qualquer suposto tédio que há em mim quando estou aqui de frente para o computador lendo essas letras que como diria um anônimo "mesmo sem nexo algum nexo hão de ter"
27 de agosto de 2009 às 21:56
Quando perdi meu pai eu senti a mesma coisa...
É triste mas DEVE ser uma passagem natural na vida.
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