Senta que lá vem história...

| terça-feira, 22 de setembro de 2009 | |
Eu ia fazer algum suspense, dizer que vou postar contos aqui toda sexta-feira, ou pelo menos criar um clima... Mas não estou com paciência de esperar até sexta chegar, nem posso prometer posts regulares - não mais do que eu já prometi.

Então, aí vai minha primeira historinha depois de um bom tempo sem escrever nada.



Desejo

Hugo pegou o cartão no bolso e conferiu o endereço. O lugar era aquele mesmo. “Um lugar de prazeres sem limites”, prometiam as letras impressas. Parecia com muitos lugares que ele tinha visto antes, que provavelmente teria um nome exótico envolvendo “night club” ou “drinks”.

Ao entrar, Hugo achou o ambiente um pouco diferente do que ele esperava. Ao invés de um bar, algumas strippers e garotas de programa, ele foi conduzido através de um corredor até uma sala mal iluminada. A mobília ali resumia-se a uma mesa de aparência bem pesada encostada numa parede, e uma poltrona grande voltada para uma espécie de janela escura. Assim que Hugo sentou-se, as luzes diminuíram mais ainda, e a janela clareou.

A janela dava vista para outra sala, que agora estava iluminada. Hugo viu uma mulher de pele bronzeada e longos cabelos dourados, completamente nua, amordaçada, com os pulsos amarrados em uma barra vertical. Por um momento, Hugo pensou nas gravuras de bruxas amarradas a um poste, esperando para serem queimadas.

A mulher agitou-se olhando para um lado. Seguindo seu olhar, Hugo viu entrar na sala um homem grandalhão, usando máscara de couro - ou vinil talvez, Hugo quase não saberia a diferença - e calças do mesmo material, o torso nu revelando um grande dragão negro tatuado nas costas.

O mascarado aproximou-se da mulher e mostrou para ela a lâmina da faca que ele segurava. A mulher agitou-se, e ele começou a fazer pequenos cortes na pele dela, a maioria tão leves que pareciam apenas finos riscos vermelhos. “É tudo uma encenação”, pensou Hugo, e o argumento pareceu-lhe bom o bastante. A verdade é que o espetáculo o atraía muito.

O homem encostou a lâmina no pescoço da mulher para fazê-la ficar quieta, e começou a chupar e morder seus seios com violência, deixando marcas visíveis, cortando-lhe a pele em alguns lugares.

Hugo sobressaltou-se quando percebeu uma jovem de uns vinte anos ali com ele; estivera tão absorto observando a outra sala que não vira a garota entrar. Era loira também, tinha os cabelos presos num rabo-de-cavalo e usava apenas calcinhas. Antes que Hugo dissesse qualquer coisa, ela apontou-lhe a janela novamente, e enquanto ele olhava a ação na outra sala, a garota abriu a calça dele e começou a chupar-lhe vigorosamente.

Na outra sala, o homem mascarado baixou as calças, exibindo sua ereção para a mulher amarrada. Então tirou as calças, aproximou-se da mulher, e começou a penetrá-la violentamente. Hugo estava extasiado, e algo assustado, pois nunca na vida sentira nada tão poderoso tomar conta de si.

De repente, o homem mascarado parou o que fazia, ergueu a faca e cravou-a no ventre da mulher, que gritou sob a mordaça. Hugo esforçou-se para se conter, quase gozou naquele momento. Ao invés disso, segurou o rabo-de-cavalo da jovem e puxou-o com força. Como se aquilo fosse um sinal, a garota levantou-se, tirou a calcinha e sentou-se sobre a mesa, as penas bem afastadas, o corpo inclinado para trás. Um convite, sem dúvida.

Contudo, Hugo não tirava os olhos da janela. O mascarado estava lá, segurando a lâmina dentro da barriga da mulher. E como se sentisse que tinha a atenção total de seu espectador, o mascarado tirou a faca e jogou-a a um canto; segurou o próprio pênis e começou a enfiá-lo no corte que a faca deixara na barriga da mulher.

Quase sem pensar em mais nada, Hugo levantou-se, foi até a garota na mesa e penetrou-a com força. Ele não tirava os olhos da janela, seu corpo movia-se quase automaticamente, selvagem, enquanto ele olhava o homem mascarado fazendo a mesma coisa, possuindo o corpo daquela mulher pela ferida aberta à faca.

Hugo estava quase gozando quando o homem na outra sala tirou a máscara e virou-se de frente para ele. Atônito, Hugo viu-se na outra sala, nu, ensangüentado, com um sorriso selvagem no rosto.

- Vá e faça o que seu desejo manda! - bradou a figura através da janela. – Não fique apenas olhando, aja!

Hugo acordou sobressaltado, agarrado aos lençóis de sua cama. Ao seu lado, Ana continuava deitada placidamente. O lençol puxado até quase o pescoço dela deixava ver os ombros nus, a pele bronzeada, seus cabelos dourados soltos sobre o travesseiro. Hugo puxou lentamente o lençol, descobrindo-lhe o corpo nu, os seios fartos, o corte em sua barriga. Ana já começara a enrijecer, mas Hugo ainda a queria.

- Vamos ficar juntos só mais alguns dias, meu bem. Depois, vou precisar de carne fresca - disse Hugo ao ouvido da mulher morta.

7 sussurros do além:

Rodriguez Says:
23 de setembro de 2009 às 10:03

Se prepare, no meu blog tem mais um para fazer parte da máfia do selo!

Passa lá e veja o selo que tem pra ti!

Pedro Moreno Says:
23 de setembro de 2009 às 11:35

Tem um selo para o seu blog no Cripta de Sangue...

Rebeca Rocha Says:
23 de setembro de 2009 às 16:55

uuuuuuuuuuuuuuui, ameei muito muito esse blog!!

Tô te seguindo, me segue tbem?

bjs

Ps: Vc tá na minha lista de favoritos!

http://rebecarocha14.blogspot.com/

Andarilho Says:
23 de setembro de 2009 às 19:10

Excelente! Adorei. Tem um toque de Marquês de Sade, perfeito!

Jamylle Says:
23 de setembro de 2009 às 19:59

Adoreeeeeeeeei teu blogue!
DE-MAIS!
Tô seguindo.

Passa no meu depois tá? ;D

http://jamyllecarvalho.blogspot.com/

Alguém Says:
1 de outubro de 2009 às 13:46

Alguém gostou... ;D

Anônimo Says:
18 de março de 2010 às 13:15

Amiable dispatch and this fill someone in on helped me alot in my college assignement. Say thank you you on your information.